Importância da vitamina D ao longo da vida
Com o passar do tempo, nós envelhecemos, o organismo se transforma e as necessidades do nosso corpo mudam. Entretanto, algumas substâncias como a vitamina D, por exemplo, desempenham funções importantíssimas ao longo de toda nossa vida. Por isso, vamos falar um pouco mais sobre o papel que ela desempenha em cada faixa etária.
Bebês:
Sabemos que a vitamina D traz diversos benefícios para a mãe e seu bebê desde a gravidez. Mas após o parto, ela ganha ainda mais importância no organismo do recém-nascido. Isso porque, nessa fase, as células estão se multiplicando e há um crescimento acelerado do corpo. Além disso, alguns sistemas, como o ósseo e o imunológico, ainda estão em formação. Como a vitamina D desempenha funções importantes no fortalecimento desses sistemas, ela se torna essencial.
Porém, há um paradoxo: ao mesmo tempo que a substância é fundamental para o desenvolvimento do bebê, dificilmente ele conseguirá sintetizar toda a quantidade necessária para seu crescimento, já que sua pele é muito sensível para ficar exposta ao sol por longos períodos e o leite materno pode não conter a quantidade ideal da substância. Por isso, entidades médicas internacionais (fonte) sugerem que todos os recém-nascidos tomem suplemento da vitamina até completarem um ano de vida, pelo menos.
Apesar de algumas formulações do leite em pó conterem vitamina D, é difícil saber se o bebê recebeu a quantidade necessária da substância, já que isso depende do tanto que ele mamou e da alimentação materna. Sendo assim, a forma mais indicada do suplemento é a vitamina D3 isolada na forma líquida (fonte).
Crianças:
Nesta fase, a vitamina D continua servindo para fortalecer sistemas e órgãos. Por isso, ela ajuda no crescimento da criança, fazendo com que ela atinja uma altura adequada em um tempo adequado e alcance a quantidade certa de massa óssea. A deficiência dela pode levar à má formação óssea e a doenças como o raquitismo, além de prejudicar também a formação do sistema imunológico, enfraquecer os dentes e gerar uma série de desequilíbrios no organismo.
Apesar de sua importância, há alguns fatores hoje em dia que prejudicam a síntese da vitamina. Um deles é a pouca exposição ao sol, ou a exposição superprotegida. É muito comum, por exemplo, vermos crianças usando protetor solar, roupas com proteção UV e outros itens para bloquear o sol. Essas precauções são necessárias para evitar o câncer de pele, mas prejudicam a síntese da vitamina (para saber mais sobre o assunto, acesse a matéria completa).
Além disso, nessa faixa etária o paladar ainda está em desenvolvimento, por isso muitas vezes as crianças podem deixar de ingerir alimentos ricos em vitamina D por não se acostumarem ao gosto. Dessa forma, apesar da suplementação ser indicada, é importante sempre consultar um médico para que ele indique as doses adequadas para cada um.
Adolescentes e adultos:
Como já sabemos, a vitamina D tem uma relação importante com o cálcio. Até os 21 anos, os níveis do mineral ainda não estão estabilizados no nosso organismo, fazendo com que a vitamina tenha ainda mais importância para o fortalecimento do esqueleto, já que ela aumenta a absorção de cálcio. Apesar de, no geral, o corpo ficar mais regulado na idade adulta, é importante sempre fazer exames para checar se os níveis de vitamina D estão saudáveis, já que a hipovitaminose, ou seja, a falta dela, pode trazer diversas consequências.
Idosos:
Conforme envelhecemos, a capacidade do corpo de produzir vitamina D diminui. Uma pessoa de 70 anos, por exemplo, sintetiza ¼ da quantidade que uma pessoa de 20 anos consegue sintetizar. Isso faz com que o risco de fraturar um osso ou desenvolver osteoporose aumente, além de deixar o idoso mais suscetível a várias doenças relacionadas à hipovitaminose. Por isso, nessa fase, cientistas defendem a suplementação da vitamina (fonte), mas como sempre, a dose adequada varia de organismo para organismo.