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Grupos de risco para deficiência de vitamina

Grupos de risco para deficiência de vitamina

A vitamina D pode ser obtida, principalmente, através da exposição solar e da ingestão de alimentos como óleo de fígado de bacalhau, salmão e atum. Contudo, existem algumas pessoas que não conseguem alcançar o nível necessário apenas através dessas formas, sendo necessário entrar com a suplementação.  

Elas fazem parte dos grupos de risco com tendência a hipovitaminose. Você sabe quem pode fazer parte desse grupo e o motivo disso? É o que nós vamos explicar agora para você.  

Pessoas com o tom de pele mais escuro 

Essas pessoas possuem a síntese de vitamina D prejudicada devido a maior quantidade de melanina, a qual serve como uma proteção extra contra os raios ultravioleta B (raios UVB). Por isso, os negros precisam ficar expostos de 3 a 5 vezes mais ao sol do que as pessoas que têm a pele mais clara para absorverem as mesmas quantidades de colecalciferol.  

Dessa maneira, sintetizar a vitamina D através da luz solar ou alimentação regrada não é o suficiente para esse grupo e geralmente é necessário entrar com uma suplementação com a dosagem certa prescrita por um médico. 

Obesos e bariátricos

Quem está acima do peso também precisa ficar atento ao nível de vitamina D. Nesse caso, o que acontece é que o tecido adiposo pode reter grande parte da forma inativa da vitamina D, impedindo que ela seja levada até o rim para ser processada e virar sua forma ativa.  

Além disso, outro fator que colabora para os obesos estarem dentro do grupo de risco é que a gordura corporal serve como uma barreira física para os raios UVB, dificultando a metabolização e absorção da vitamina D.

Já em relação a quem fez cirurgia bariátrica, a deficiência dessa substância no organismo tende a ser ainda maior. A principal causa para isso é a mudança na absorção intestinal e, consequentemente, a diminuição da absorção de vitamina D ingerida.

Gestantes e lactantes

Durante a gestação ocorrem diversas transformações no organismo feminino e, com isso, a mulher tende a ter uma queda nos níveis de vitamina D. Hoje esse é um problema que atinge entre 20% e 40% das mulheres grávidas.  Por isso, a suplementação de vitamina D é sugerida nesse período como uma forma de proteção para evitar adversidades como: diabetes mellitus gestacional, vaginose bacteriana, pré-eclâmpsia, baixo peso do recém-nascido. 

Nas lactantes é importante prestar atenção aos níveis de vitamina D no organismo para conseguir suprir não só as necessidades dela, como também as do bebê. Mesmo o leite materno sendo o melhor alimento para o recém-nascido, ele pode apresentar baixa concentração desse pré-hormônio e, nesses casos, é necessário entrar com a suplementação. Para saber mais sobre o assunto, veja a matéria completa. 

Idosos 

Frequentemente, a insuficiência de vitamina D é vista em pessoas que fazem parte desse grupo de risco. Isso acontece porque nessa fase da vida há uma diminuição da capacidade de síntese da vitamina pela pele, além de uma necessidade maior de colecalciferol por conta da redução do metabolismo .

No caso da mulher, com a ausência de alguns hormônios na pós-menopausa, ocorrerá um desarranjo na matriz óssea liberando cálcio para o sangue com sua eliminação pelos rins. A partir desse período, começa um ciclo de eventos denominado “Climatério” e dentre inúmeras manifestações a degradação óssea representa um grande risco, pois será responsável por fraturas espontâneas na 3ª idade podendo levar a óbito (osteoporose).

A vit D auxilia na manutenção dos níveis de cálcio no sangue e também na fixação de cálcio nos ossos, portanto sua deficiência pode levar à osteopenia e à osteoporose, com aumento do risco de fraturas.

Diabéticos 

Há estudos que mostram que a vitamina D é um pré-hormônio que auxilia na produção de renina, enzima que ajuda a prevenir o diabetes, e na produção de insulina pelo pâncreas. Como vimos nos casos anteriores, a hipovitaminose pode ser um dos fatores que levam ao diabetes.  

Uma pesquisa feita pelo Institute of Child Health da Inglaterra com 10.000 crianças finlandesas desde o nascimento delas apontou que aquelas que foram introduzidas ao suplemento de vitamina D tiveram redução de 90% nas chances de desenvolver diabetes tipo 1.  [1]

Sendo esta uma doença autoimune, o colecalciferol pode atuar como uma espécie de imunomodulador que vai inibir de forma seletiva a resposta imunológica que causa a reação contra o próprio organismo. Dessa forma, pessoas com hipovitaminose acabam tendo mais chances de desenvolver diabetes tipo 1.    

Você está dentro de algum dos grupos de risco apresentados? Consulte o médico para saber como está a sua vitamina D e qual é o melhor tratamento para você.  

Referência:

  1. Hyppönen E, Läärä E, Reunanen A, Järvelin MR, Virtanen SM. Intake of vitamin D and risk of type 1 diabetes: a birth-cohort study. Lancet. 2001 Nov 3;358(9292):1500-3. PubMed PMID: 11705562.

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